quinta-feira, 25 de abril de 2013

FADO TRISTE

Passaste por mim na rua
Sem olhar os olhos meus
Sentindo que era tua
Queria ficar presa aos teus

Foi tão grande a nostalgia
Que em meu coração entrou
Não sei bem o que temia
Só sei o que em mim ficou

Mágoas vividas
Emoções sentidas
A alma me chora
A minha vida, assim destruída
Naquela hora
Dor sofrimento
Constrangimento, desilusão
Ai como dói e se destrói
Um coração

Ao sentir-me abandonada
Julguei que não resistia
Logo soube que era amada
Por alguém que merecia

Nunca mais passes por mim
Sem olhar os olhos meus
Eu prefiro mesmo assim
Ver neles um só adeus

Mágoas vividas
Emoções sentidas
A alma me chora
A minha vida, assim destruída
Naquela hora
Dor sofrimento
Constrangimento, desilusão
Ai como dói e se destrói
Um coração

Ausenda Ribeiro

quarta-feira, 3 de abril de 2013

UM CASO INSÓLITO

Espreitei pela janela
Julgando que sol veria
Só cinzento, através dela
Vi, e perdi minha alegria.

A janela então fechei
E fui pintar uma tela
No arco- íris me inspirei
E o pintei à luz da vela.

Afugentei a tristeza
Colori com tal amor
Vi, então, a Natureza
Coberta de tanta cor!

Isto deve ser magia!
Não tenho arte de pintora!
Se na alma há poesia...
Na mente o engenho mora...

Tão deslumbrada fiquei
C'o a  transformação sofrida
Que à janela voltei
Para gritar:" Viva a vida" !
 
E olhando o firmamento
Um arco-íris esplendoroso
Beijou-me o rosto c'o vento
Num gesto bem fervoroso!

Confesso, atónita estou
Só pode ser fantasia
O arco-íris me beijou
E ele me trouxe a alegria!...?

Não vou contar a ninguém
Pensarão que enlouqueci
De certeza que estou bem
E aquilo que vi eu vi!...