Esperança
Alentejo das espigas douradas
Em ondas escaldantes dançam no ar.
Acalentando nesse seu dançar,
O sonho das papoilas encarnadas.
A erva daninha ao entrar na dança
Destrói o sonho, há tanto sonhado.
Alentejo não vai ser refrescado
Pela suave brisa da mudança.
E a voz da revolta soa entoada,
Meio perdida, por entre os trigais
Como que, pela sorte abandonada.
Sente-se batida por ventos tais,
Protesta e grita ao ser açoitada:
Alentejo sem papoilas, jamais!
Ausenda Ribeiro
Do meu livro “Momentos”

foto- imagens Google
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